Imagine o poder de uma onda colossal de 200 metros de altura levantando-se no isolado e gelado Fiorde Dickson, na Groenlândia. Um megatsunami inacreditável, que sacudiu a Terra sem que ninguém tivesse testemunhado o fenômeno no momento. Apenas agora, cientistas, com ajuda do satélite SWOT da NASA, conseguem desvendar os detalhes deste evento poderoso. Passando despercebido à humanidade na época, o tsunami de proporções extraordinárias foi registrado pelo satélite com dados inéditos, revelando ondas que, restritas ao fiorde, ecoaram pela região por dias.
Mas como essas ondas gigantes surgiram e por que o fenômeno foi notado somente agora? Vamos explorar como o satélite SWOT foi fundamental para entender o que aconteceu na Groenlândia, desvendar as causas por trás do megatsunami e descobrir as consequências para a ciência. Embarque nessa leitura e mergulhe nos detalhes desse evento único na história recente!
O satélite SWOT, desenvolvido pela NASA em parceria com o Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (CNES). Além disso, desempenhou um papel essencial para a descoberta desse fenômeno. Portanto, projetado para monitorar o nível de água em oceanos, lagos e rios, o SWOT opera com alta resolução. Ainda, mas captura dados precisos sobre variações no nível das águas. Porém, em setembro de 2023, o SWOT passava sobre a Groenlândia quando detectou algo que chamou a atenção dos cientistas: uma elevação incomum na água do Fiorde Dickson, sugerindo um evento de proporções significativas.
Com base nas imagens e medições do satélite, a NASA concluiu que o tsunami foi causado por um deslizamento de rochas que se desprenderam de uma altura de cerca de 400 metros. Assim, criando ondas monumentais. Sem a presença de moradores na área e sem outros registros no momento, o satélite se tornou uma peça-chave para entender o evento.
Esse megatsunami atingiu uma altura de aproximadamente 200 metros, equivalente a um prédio de 65 andares, gerando um impacto impressionante no Fiorde Dickson. Portanto, o evento causou elevação significativa no nível da água: o lado norte do fiorde ficou 1,2 metros mais alto que o sul, uma diferença drástica . Porém, Essas medições seriam impossíveis sem o SWOT, que registrou o acúmulo da água contra a parede rochosa do fiorde. Este tipo de detalhamento é uma inovação proporcionada pela alta tecnologia do satélite.
Localizado em uma área remota da Groenlândia, o Fiorde Dickson é desabitado, o que explica por que o megatsunami não foi notado de imediato. A única suspeita de atividade anômala surgiu quando uma base naval dinamarquesa, então desocupada, localizada na Ilha Ella, registrou ondas grandes e incomuns na época. Mesmo assim, só com os dados do satélite SWOT foi possível confirmar a ocorrência do tsunami.
Esse isolamento geográfico trouxe um cenário de ondas poderosas e incontroláveis, que ficaram restritas ao fiorde por dias. Apesar da intensidade do evento, não houve danos a estruturas nem vidas em risco. Este caso representa o poder da natureza em regiões pouco exploradas e a necessidade de monitoramento remoto de desastres.
Após o deslizamento de rochas, o tsunami gerou um impacto sísmico que reverberou pelo fiorde por nove dias. Contudo, durante esse período, as águas oscilavam de um lado para o outro a cada 90 segundos, um fenômeno conhecido como “seiche” — uma oscilação prolongada que geralmente ocorre em corpos de água fechados. Ainda mais, este movimento intenso, que transforma o ambiente em um verdadeiro caldeirão de ondas, ilustra a magnitude do evento.
Os cientistas atribuíram a origem do megatsunami a um grande deslizamento de rochas no fiorde, onde uma massa rochosa de 400 metros de altura se desprendeu das encostas e caiu diretamente no corpo d’água. Esse impacto gerou uma onda inicial que, ao contrário dos tsunamis tradicionais, percorreu a maior parte do fiorde antes de perder força ao encontrar o mar aberto. No entanto, as formações rochosas ao redor do fiorde ajudaram a “prender” a maior parte das ondas, que continuaram movimentando-se intensamente dentro dos limites do fiorde por dias.
O SWOT desempenha um papel fundamental na observação de áreas remotas e inóspitas, possibilitando que cientistas estudem fenômenos naturais sem a necessidade de presença humana. Graças à alta resolução de suas imagens, foi possível captar detalhes que ajudam a entender melhor o comportamento dos tsunamis em regiões de difícil acesso. A capacidade de detectar mudanças no nível das águas permite que eventos dessa magnitude sejam documentados, fornecendo dados essenciais para a análise científica.
Além disso, a NASA e o CNES trabalham continuamente para aprimorar a tecnologia de satélites e ampliar a coleta de dados. Nesse sentido, podem ser aplicados para prever riscos em regiões habitadas com condições geográficas similares ao Fiorde Dickson.
Este evento marcou a primeira vez que cientistas puderam estudar a formação e a propagação de um tsunami restrito a um fiorde. Ou seja, um fenômeno raro que, embora não tenha causado danos, levanta importantes questões sobre o comportamento das águas em locais montanhosos. Portanto, os dados capturados pelo SWOT oferecem uma nova perspectiva sobre a possibilidade de antecipação de riscos. Principalmente em regiões montanhosas onde deslizamentos de terra e tsunamis locais podem ocorrer.
O estudo de megatsunamis como o de Dickson pode resultar em ferramentas avançadas de previsão de desastres, ajudando a desenvolver protocolos de alerta e segurança em áreas de risco ao redor do mundo.
A descoberta do megatsunami de 200 metros na Groenlândia é um lembrete de que eventos naturais de grande magnitude acontecem independentemente da presença humana, e a tecnologia de monitoramento remoto é essencial para a ciência. Esse fenômeno passou despercebido na época, mas graças ao satélite SWOT, cientistas tiveram a oportunidade de observar um tsunami isolado com detalhes sem precedentes, adicionando uma nova camada de conhecimento sobre tsunamis em áreas remotas.
Essa capacidade de observar a Terra em sua complexidade mais profunda é um passo adiante na exploração de fenômenos que antes eram apenas teorias. O papel da NASA e do SWOT continua a expandir os horizontes do conhecimento, lembrando-nos que, em um planeta vasto e dinâmico, há ainda muito a ser descoberto. Com avanços no monitoramento, há esperança de que eventos similares possam ser previstos, permitindo que a humanidade esteja melhor preparada para lidar com o poder natural, seja onde for.
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